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Segunda-feira, 05 de julho de 2021

Conforme a CUT-RS, foram mais de 70 mil pessoas em Porto Alegre

Manifestantes fizeram caminhada pelo Centro de Porto Alegre. Foto: Jairo Bolter

Manifestantes fizeram caminhada pelo Centro de Porto Alegre. Fotos: Jairo Bolter

A ADUFRGS-Sindical mais uma vez marcou presença nos atos realizados no sábado, 3 de julho, promovidos pela CUT e frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo por “Fora Bolsonaro!”, #VacinaParaTodosJá e #600ContraAFome. Também esteve presente na pauta de protestos a Reforma Administrativa, que se aprovada pode destruir serviços públicos importantes para toda a população. Foi com essas preocupações que associados/as, diretores e membros do Conselho de Representantes (CR) participaram dos protestos, tomando todos os cuidados de distanciamento social, uso de máscara e álcool gel. Os protestos aconteceram em todo país, e só em Porto Alegre, segundo a CUT RS, foram mais de 70 mil pessoas nas ruas.

Conforme a primeira prévia divulgada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, mais de 800 mil pessoas participaram dos protestos em 312 cidades no Brasil e 35 no exterior. No Rio Grande do Sul, 27 municípios registraram atos, pela manhã e pela tarde.

Previsto inicialmente para acontecer no dia 24 de julho (24J), o ato de sábado foi antecipado pelas recentes revelações na CPI da Covid de casos de corrupção na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. A mobilização para o dia 24 ainda se mantém.

Presença da ADUFRGS

A ADUFRGS, mais uma vez, recebeu associados e associados no ponto de encontro na rua Uruguai, em frente ao Banco do Brasil, e dali o Sindicato se integrou às manifestações, como aconteceu nos atos de 29 de maio (29M) e 19 de junho (19J). A concentração geral na Capital começou a partir das 15 horas, no Largo Glênio Peres, de onde os manifestantes saíram em caminhada passando pelas avenidas Júlio de Castilhos, Mauá e Loureiro da Silva até o Largo Zumbi dos Palmares, onde o ato foi encerrado.

Concentração da ADUFRGS no início do ato. Foto: Jairo Bolter

Concentração da ADUFRGS no início do ato. 

Felipe Comunello, presidente do Conselho de Representantes (CR) da ADUFRGS, salientou a importância do ponto de encontro do Sindicato. “É importante para que as pessoas se encontrem, se reconheçam, troquem ideias”, disse o professor. Comunello também destacou a maior organização do ato deste sábado. “As manifestações foram maiores e mais organizadas, a ADUFRGS preparou novas faixas e placas, destacando a importância da educação pública, da saúde e contra a Reforma Administrativa”, relatou.

O engajamento da ADUFRGS, do CR e da base foram lembrados pelo diretor de Assuntos da Carreira do Magistério Superior, César Bastos de Mattos Vieira. “É importante a participação nessa ação contra o atual governo, contra a Reforma Administrativa, que é algo que nos preocupa muito”, disse o professor. Vieira também lembrou que as manifestações são pacíficas, tranquilas, mas importantes, para não deixar que o governo tire o foco dos problemas. “O governo faz motociatas, cria manobras impactantes para tirar a atenção de problemas importantes como a Reforma Administrativa, e não podemos deixar que as atenções sejam desviadas”, alertou. 

Caminhada pelo Centro de Porto Alegre. Foto: Jairo Bolter

Caminhada pelo Centro de Porto Alegre. 

A professora Laura Jardim, membro do CR, falou sobre a participação nos três atos - 29M, 19J, e agora 3J - e o receio com relação aos cuidados a serem seguidos pelos participantes. “No primeiro dia tive apreensão, mas vi que todos estão respeitando as medidas, e é importante para evitar mais sofrimento e mais mortes”. Ela também destacou o risco elevado que a sociedade brasileira está correndo diante da perda de direitos sociais, saúde, educação, e mais as denúncias de corrupção. “Nos vimos obrigados a sair às ruas, mais da metade das mortes poderiam não ter ocorrido”, concluiu.

Daniela Fialho, professora e também membro do CR, também falou sobre a necessidade de se fazer presente. “A situação do país, em função desse governo genocida, faz com que a presença nas ruas seja muito importante, estamos muito mal”, refletiu.

A professora Flávia Charão, associada da ADUFRGS, acrescentou que os atos são organizados por diferentes movimentos sociais, sindicatos e organizações sociais, além de movimentos não institucionalizados, tornando a participação dos professores e professoras ainda mais importante. “Então, participar desses atos, especialmente como professores, que se esforçam para oferecer ensino de qualidade, é um pouco a nossa missão. É produzir conhecimento, tecnologia, abrir as portas da universidade, e isso está nos sendo negado, então precisamos colocar nossos corpos fisicamente na rua para mostrar nossa indignação e vontade de contribuir para que haja uma mudança positiva”, concluiu.

Denúncias de corrupção

O professor Felipe Comunello falou sobre o momento político que fez com que o ato fosse antecipado. “Foram novas denúncias na CPI da Covid-19, mostrando a gestão criminosa do governo que fizeram com que as entidades e organizações entendessem que era preciso ir para as ruas novamente”, relatou, chamando a atenção para o fato do governo ter atrasado a compra de vacinas aprovadas, e agora surgirem denúncias de cobrança de propina na compra de vacinas que não tinham comprovado condições sanitárias suficientes para aprovação.

Confira a participação da ADUFRGS no vídeo organizado pela TVT, parceira da ADUFRGS-Sindical.

Reforma Administrativa

A PEC 32/2020, da Reforma Administrativa, é uma das pautas que tem mobilizado a ADUFRGS-Sindical, não somente durante os atos da CUT, mas dentro de sua missão de defender os interesses sindicais, políticos, sociais e culturais dos docentes. O Sindicato segue acompanhando a PEC 32/2020 e a atuação da comissão especial que está analisando a proposta, seguindo o Estado de Mobilização da categoria decidido em Assembleia Geral Extraordinária, em 18 de março na luta pelo fim do governo Bolsonaro e contra a reforma.

Cuidados durante a pandemia 

A ADUFRGS-Sindical, em todos os seus chamamentos, vem reforçando a necessidade de seguir os cuidados de uso de máscara, álcool gel e distanciamento, e também para a possibilidade de manifestação utilizando as redes sociais. 

A avaliação do Sindicato é de que o risco à vida imposto pelo atual governo é maior que a participação nos atos, e convida a todos e todas a participar das próximas manifestações.

Participe das ações da ADUFRGS-Sindical. Associe-se e acompanhe as ações em www.adufrgs.org.br ou www.portaladverso.com.br

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