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Segunda-feira, 21 de junho de 2021

Sindicato marcou presença na manifestação #19J com membros da diretoria e do Conselho de Representantes.

Ato de 19 de junho em Porto Alegre. Foto: Divulgação/CUT RS

Ato de 19 de junho em Porto Alegre. Foto: Divulgação/CUT RS

A ADUFRGS-Sindical esteve presente nos atos realizados no sábado, 19 de junho, promovidos pela CUT e frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo por “Fora Bolsonaro!”, #VacinaParaTodosJá e #600ContraAFome. Tomando todos os cuidados de distanciamento social, uso de máscara e álcool gel, diretores e membros do Conselho de Representantes (CR) participaram dos protestos, que aconteceram em todo país no dia em que o Brasil alcançou 500 mortes decorrentes da pandemia de Covid-19. Só em Porto Alegre, segundo a CUT RS, foram mais de 50 mil pessoas nas ruas, que se somaram aos atos de mais de 400 cidades brasileiras, além de alguns registrados no exterior. 

Porto Alegre

Na Capital a concentração teve início a partir das 15 horas, no Largo Glênio Peres, de onde saiu uma caminhada pelas ruas do centro de Porto Alegre.

O presidente da CUT, professor Amarildo Cenci, falou em nome dos sindicatos que integram a central. “Essa luta é para acabar com o genocídio, mas vamos acabar também com o genocida. Lamentavelmente hoje estamos de luto por meio milhão de mortes, sendo dois terços deles de responsabilidade direta do Presidente da República. Mortes que poderiam ter sido evitadas se tivéssemos políticas públicas de defesa e proteção do trabalhador, do brasileiro, na sua grande maioria, o mais pobre, o vulnerável”, disse o presidente. “Não vamos deixar as ruas porque elas são parte da nossa vida, do nosso corpo, da esperança da construção de um Brasil melhor”, acrescentou o professor Amarildo.

Assista aqui o vídeo da fala do presidente da CUT.

Para recepcionar diretores, membros do conselho, associados e associadas, a ADUFRGS marcou seu próprio ponto de encontro na rua Uruguai, em frente ao Banco do Brasil, e dali o Sindicato se integrou às manifestações. 

Presente ao ato, o presidente do Conselho de Representantes (CR) da ADUFRGS, professor Felipe Comunello, destacou a participação dos manifestantes “mesmo com as condições metereológicas desfavoráveis de chuva e frio”, enfrentando a própria pandemia. “A gente sente a força e a energia das pessoas, apesar das dificuldades”, disse o professor, que também falou sobre a participação do Sindicato. “Foi importante esse ponto de encontro divulgado pela ADUFRGS, muitos passaram e pegaram bandeiras, e é importante que essa presença continue”, avaliou. 

Comunello também lembrou que as ruas são um lugar importante para dar voz às demandas. “Destacamos a defesa da universidade pública, que sofre restrições orçamentárias que prejudicam ainda mais a retomada das aulas presenciais no futuro, mas também a Reforma Administrativa, que visa destruir o serviço público”, alertou o professor. Ele também fez um chamado para que todos os colegas participem, seguindo os cuidados para atos presenciais. 

Membros do CR participaram do ato em Porto Alegre.

Membros do CR participaram do ato em Porto Alegre.

 

Para a professora Graciela Quijano, membro do CR, foi muito importante a presença do Sindicato no sábado. “Não tenho dúvida de que foi e é muito importante a presença do sindicalismo nesses movimentos e passeatas: se juntar ao povo, mostrar a necessidade de reivindicar e mostrar indignação por tudo que está acontecendo, estar do lado dos trabalhadores que estão perdendo a vida diariamente”, disse a professora.

Além dos professores Felipe Comunello e Graciela Quijano, os membros do CR Mário Fontanive, Laura Jardim, Marcelo Kunrath, Nadya Silveira, Paulo César Nascimento, Roger Elias, Cristina Neumann, Lorena Holzmann, Marco Cepik e Maria Alice Kauer também participaram do ato.   

O diretor de Relações Sindicais, Jairo Bolter, que também participou da manifestação em Porto Alegre, após acompanhar a de Osório, pela manhã, destacou a presença das milhares de pessoas que se dispuseram a ir para a rua. “É uma prova de que o governo é mais perigoso do que o vírus”, afirmou o professor. Jairo Bolter acrescentou que, além das pautas para vacina já e auxílio emergencial de R$ 600, em solidariedade aos trabalhadores da iniciativa privada e desempregados, é preciso que o atual governo seja afastado “sob pena da situação agravar”, e que o combate à Reforma Administrativa é também foco do Sindicato.

Bolter relatou que os riscos de participação em atos presenciais e os cuidados de prevenção fizeram parte das discussões do Sindicato. “Optamos por chamar à participação porque acreditamos que nesse momento o governo é um risco maior”.

O sindicalista destacou que foi observado que as manifestações estão seguindo os critérios de segurança, como distanciamento, uso de máscara e álcool gel. “Um cuidado muito intenso em relação à pandemia está sendo tomado por parte da organização dos atos”.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, segundo a CUT, pelo menos 47 atos em diferentes cidades haviam sido confirmados. O vice-presidente da ADUFRGS, professor Darci Campani, participou da manifestação em Osório, e falou sobre a necessidade de manter o clima de mobilização constante para derrotar a Reforma Administrativa e conquistar as pautas reivindicadas na manifestação. “Vacina no braço nos chama para o SUS. A Reforma Administrativa acaba não só com as universidades e com o serviço público, mas com o próprio SUS, que é o que nos dá essa mínima perspectiva de enfrentar a pandemia”, disse o professor. “Nossa participação foi importantíssima, efetiva, e temos que nos somar a todas as manifestações”, finalizou Campani.

O vice-presidente Darci Campani e o  diretor de Relações Sindicais, Jairo Bolter, participaram do ato em Osório.

O vice-presidente Darci Campani e o diretor de Relações Sindicais, Jairo Bolter, participaram do ato em Osório.

 

Reforma Administrativa 

Além de pedir vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600 e o impeachment de Bolsonaro, o ato também chamou a atenção para a possibilidade de retrocesso caso seja aprovada a Reforma Administrativa que tramita no Congresso. Em entrevista à CUT RS, o presidente da ADUFRGS, professor Lúcio Vieira, falou sobre o tema, dizendo que o momento exige uma forte manifestação em defesa da vida e da democracia, assim como o direito de todos e todas à vacina. “A educação como um direito social e o serviço público estão sob ameaça. Também chamamos a atenção para a necessidade de observarmos as medidas de segurança sanitária”, afirmou o presidente. 

Cuidados durante a pandemia 

A ADUFRGS-Sindical, em todos os seus chamamentos, reforçou a necessidade de seguir os cuidados de uso de máscara, álcool gel e distanciamento, e também para a possibilidade de manifestação utilizando as redes sociais.

 

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