Notícia

Ampliar fonte

Sexta-feira, 04 de junho de 2021

Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho.

Dia-Mundial-do-Meio-Ambiente-2021

A defesa do meio ambiente é uma preocupação global, que envolve organizações e iniciativas da sociedade e de diferentes instituições pelo mundo todo. Neste ano de 2021, mesmo ainda vivendo a pandemia de Covid-19, essas organizações realizam diferentes ações para marcar a Semana e o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho. Saiba mais sobre a data e sobre algumas das ações que estão sendo realizadas pelo Brasil e pelo mundo, inclusive nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) da base da ADUFRGS-Sindical. 

Origem da data

Celebrado em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente é o maior evento anual das Nações Unidas para sensibilizar e promover a ação ambiental e a necessidade de proteger o planeta. Instituído em 1972, ele é celebrado anualmente desde 1974. Sob a liderança do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mais de 150 países participam todos os anos. Importantes corporações, organizações não governamentais, comunidades, governos e celebridades de todo o mundo adotam a marca do Dia Mundial do Meio Ambiente para defender causas ambientais. No ano de 2021 o Paquistão sediará as comemorações. 

Tema do ano

tema deste ano se concentrará na "restauração de ecossistemas" e na urgência de todos fazerem as pazes com a natureza. A data também marcará o lançamento formal da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030.

Pauta ampla

De acordo com o vice-presidente da ADUFRGS-Sindical, professor Darci Campani, com mais de 30 anos de experiência em gestão ambiental, a pauta do meio ambiente é cada vez mais presente, em especial após as manifestações de 29 de maio, e deverá ser fortalecida. Para ele, “a pauta ambiental é uma das quais mais afronta o governo, que publicamente declarou que quer e está ‘passando a boiada’”. Segundo o professor, “temos muitas boiadas: a da legislação trabalhista, a da legislação previdenciária, que estão mudando em nossa legislação como um todo e que representam uma afronta à qualidade de vida de todos os brasileiros. Algumas delas poderemos reverter num próximo governo, mas a ambiental, não, esta levará décadas para recuperarmos”. 

Para Campani, é preciso “fazer as ligações” com o que se vê na imprensa, como a seca no interior do Rio Grande do Sul, e o desmatamento. “É uma pauta ampla, nada é por acaso, e precisamos fazer essas ligações com o desmatamento, o desmantelamento dos serviços públicos, e o apoio que a base parlamentar do governo tem dado a essas alterações nas legislações, pois temos que ter claro e não deixarmos que estes parlamentares se reelejam, a boiada não está passando só por conta do executivo, mas o legislativo criou uma maioria, que tem que ser desfeita para as próximas eleições”, comentou o vice-presidente.

Conforme o professor, uma pequena mudança na área do meio ambiente está vindo de fora do Brasil, que é a participação dos Estados Unidos, “um país de peso, que pode produzir mudanças”, citando o anúncio recente dos norte-americanos de um compromisso para cortar as emissões de carbono até o final desta década. Campani acrescentou que “os norte-americanos se somam aos outros países que já atuavam neste sentido e assumem, neste momento de preparação para a Nova Cúpula de Meio ambiente que se reunirá, em novembro, um papel mais importante que os anteriores, com uma grande expectativa de que realmente a pauta e os acordos aprovados tragam à tona a temática de forma definitiva e que deixe claro os erros cometidos pelas nações que postergaram suas metas ambientais”.

“Então essa data é importante para aproveitar a começar a discutir as novas metas relativas ao combate aos agentes causadores das mudanças climáticas, enquanto é possível reverter esse processo de degradação, pois o clima tem limites, a cada dia em que se retardam as decisões, mais difícil se torna a reversão”, completou Campani.

Fórum Popular da Natureza

Entre as iniciativas da sociedade para a defesa do meio ambiente está o Fórum Popular da Natureza (FPN), que é composto por “movimentos sociais, comunidades indígenas, organizações da sociedade civil, entidades sindicais e de classe, acadêmicos, ecologistas, coletivos ambientais, organizações feministas, juventude, lgbts, partidos políticos e muitos daqueles comprometidos com a luta pela preservação da natureza e interrupção da destruição planetária”. Para essas discussões com a sociedade, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente divulgou a “Cartilha de Restauração de Ecossistemas – Um Guia Prático para a Cura do Planeta”.

A professora Sônia Mara Ogiba, da Faculdade de Educação da UFRGS e Diretora de Comunicação do sindicato, é membro participante da  Escola Popular da Natureza, do FPN. A professora destaca a importância do FPN “na luta anticapitalista que visa, fundamentalmente, a defesa da vida em toda a sua extensão. Especialistas em gestão ambiental e planetária são unânimes em afirmar que há em curso um modo capitalista de produção das doenças que acometem as populações. E afirmam que democracia sem gestão ambiental não é democracia. Várias regiões do país, dentre elas a Amazônia, estão em colapso ecológico. Nesse sentido o papel do FPN e da Escola Popular da Natureza é o de lutar contra a Necropolítica que vem se estabelecendo no mundo e em nosso país”, complementou Sônia.

“A Escola que foi lançada em outubro do ano passado tem a finalidade de promover a formação política e socioambiental de todos e todas participantes da sociedade”, comenta. Esclarece, ainda, que a Escola visa a construção de um espaço de articulação onde organizações, movimentos e pessoas possam consolidar, de forma democrática e horizontal, um amplo movimento de resistência à destruição planetária, conforme a organização do FPN estabelece

Recentemente, a Escola Popular da Natureza do FPN realizou o curso Capitalismo, Pandemia e Destruição da Natureza - Estratégias de Autoproteção Sanitária e Soberania Alimentar, com apoio da Fundação Rosa Luxemburgo. A programação teve início em 27 de março e encerrou no último dia 22 de maio. Os vídeos estão disponíveis no YouTube do FNP.

O FNP pretende “construir alternativas econômicas, sociais e culturais ao modelo produtivista dominante”. Desde seu lançamento, em junho de 2020, procura dialogar para uma agenda de lutas comuns e compromissos que promovam a redução da emissão de gases do efeito estufa, maior integração comunitária, alternativas ecológicas e socialmente justas de economia, entre outras ações.

Nos próximos quatro sábados, às 14h30, começando neste dia 5, o FPN realiza uma Oficina de Comunicação Popular, com atividades teóricas e práticas sobre o tema. É preciso fazer inscrição pelo e-mail escola@forumdanatureza.org.br para participar via Zoom.  

Ações da CUT para o Dia Mundial do Meio Ambiente

A CUT também preparou ações para o Dia Mundial do Meio Ambiente, presenciais e nas redes sociais. O lema central será “Povo Vivo! Floresta em Pé! Fora Bolsonaro!”. Em Brasília, será realizada uma ação simbólica e com movimentos sociais e organizações socioambientais, e a sugestão é de que o mesmo seja feito ao meio-dia nos demais órgãos ambientais governamentais, como IBAMAs, Secretarias de Meio Ambiente, “para denunciar os desmontes das políticas ambientais pelo governo Bolsonaro”. Para estas ações, a organização lembra que “é fundamental a atenção às orientações sanitárias de distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel”.

Nas redes sociais a CUT também difunde o “Manifesto Anti-imperialista em Defesa do Meio Ambiente” e divulga tuitaço 5 de junho às 11h. É possível conferir as sugestões da central para cards, imagens e tuítes aqui, tendo como principais hashtags #EnDefensaDelPlaneta e #PovoVivoFlorestaEmPé.

Iniciativas das IFES da base da ADUFRGS-Sindical

As IFEs da base da ADUFRGS-Sindical, atentas à importância da proteção ao meio ambiente, realizam diferentes ações para marcar a Semana e o Dia Mundial do Meio Ambiente, com foco na sustentabilidade.  

A UFCSPA promoveu na terça-feira, 1º de junho, o Ciclo de Palestras sobre Meio Ambiente e Saúde: Semana do Meio Ambiente da UFCSPA 2021, com o objetivo promover a conscientização de hábitos de consumo sustentáveis e a economia de recursos naturais. A iniciativa foi aberta para alunos, bolsistas, estagiários, funcionários terceirizados, servidores técnico-administrativos e docentes da UFCSPA, além da comunidade externa. As palestras podem ser assistidas pelo canal da UFCSPA no YouTube - https://youtube.com/ufcspa

O IFSul preparou uma série de atividades alusivas à Semana do Meio Ambiente para os diferentes câmpus e a Reitoria, começando por uma live realizada na segunda-feira, 31 de maio para refletir e incentivar a adoção de hábitos sustentáveis. Estão previstas publicações especiais, bate-papos com especialistas e atividades formativas junto à comunidade acadêmica, e todas as atividades serão online.

Também foi produzida pelo IFSUL matéria especial sobre energias renováveis, para mostrar que o tema deve ser prioritário nas instituições de ensino, e que o investimento em energia fotovoltaica é um grande passo na produção de energia limpa. A instituição, inclusive, comemora a instalação de usinas fotovoltaicas em todos os câmpus do IFSUL, gerando economia e sustentabilidade.

No IFRS, o “Projeto Reciclando Histórias”, parceria com o Ministério Público do Trabalho vai qualificar espaço de trabalho de recicladores. Os valores arrecadados de multas trabalhistas em ações de extensão em prol da sociedade. As primeiras entidades beneficiadas pelo projeto serão as associações de recicladores Girassol e Santa Rita, as duas situadas em Caxias do Sul/RS. Além das obras, o Instituto promoverá cursos na área de segurança do trabalho, saúde, aprimoramento na triagem e destinação correta dos resíduos selecionados.