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Terça-feira, 28 de julho de 2020

Calendário completo será divulgado em breve. Reitor afirma que Universidade vai investir na ampliação do acesso para contemplar a todos os estudantes.

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da UFRGS aprovou, nesta segunda-feira, 27 de julho, as diretrizes para regulamentação do Ensino Remoto Emergencial (ERE) e o calendário de atividades, que definiu o reinício das aulas de forma remota, a partir de 19 de agosto. Dessa forma, o primeiro semestre - que havia sido interrompido em março, com a chegada da pandemia do coronavírus – será concluído em 2 de dezembro.

A diretora de Comunicação da ADUFRGS-Sindical, Sônia Mara Ogiba, é uma das conselheiras representantes dos docentes da universidade no CEPE. Ela explica que o Conselho vem se debruçando sobre a questão das aulas remotas desde a suspensão das aulas presenciais em meados do mês de março, para encontrar o melhor formato que atendesse a todas as especificidades de uma universidade pública do tamanho e da importância no cenário brasileiro da UFRGS.

“A UFRGS, assim como as demais universidades públicas federais, é uma universidade com características complexas, quer pela diversidade da sua comunidade, perfil dos estudantes, quer pelos projetos de formação acadêmica dos cursos. A retomada das aulas na graduação exigiu das várias instâncias da universidade (PRAE, CAF, entres outras) um tempo de amadurecimento sobre modalidades emergenciais de ensino, afim de que nenhum estudante ficasse excluído, fosse penalizado por uma crise sanitária que, sabemos, independe de todos. Um tempo para distinções importantes com as existentes entre EAD, por exemplo, e o Ensino Remoto. E ontem aprovamos no CEPE as Diretrizes para o Ensino Remoto Emergencial com a segurança de que demos um passo significativo para a universidade, com o devido cuidado às condições para os estudantes, docentes e técnicos. Cabe lembrar, nós professores também estamos nos adaptando à nova realidade”, reflete.

Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta terça-feira, 28, o reitor da UFRGS, Rui Oppermann, explicou que o conceito do ERE foi construído com muita responsabilidade e a participação de toda a comunidade acadêmica. “Houve uma responsabilidade muito grande da universidade e da sua comunidade de propor um projeto que seja capaz de levar o termino do semestre até dezembro e que garanta ao estudante seu estudo e o direito a uma formação qualificada”, afirmou.

Um dos pontos que mais exigiu atenção da Universidade foi a dificuldade de acesso de alguns estudantes, para que nenhum deles fosse excluído do processo. “Preocupa-nos desde sempre os alunos que não têm acesso, temos pouco menos de 5 mil alunos com assistência estudantil e para esses estamos buscando recursos para a aquisição de tablets ou para aqueles que precisam melhorar suas redes de internet”, esclareceu o reitor, destacando que a universidade estava aguardando recursos do Ministério da Educação para ampliar o acesso dos estudantes às tecnologias e à internet.

De acordo com o regulamento definido pelo CEPE, docentes, departamentos e comissões de graduação têm entre 29 de julho e 18 de agosto para avaliação e viabilidade das atividades e preparação das adaptações necessárias nos planos de ensino. Em breve será disponibilizado um calendário geral com os prazos específicos para cada procedimento.

As diretrizes aprovadas também instituem uma Comissão de Acompanhamento do Ensino Remoto Emergencial (Comissão-ERE), formada por 22 membros, sendo dois representantes de cada um dos seguintes órgãos ou segmentos: Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), Câmara de Graduação, Secretaria de Educação a Distância (Sead), Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), Coordenadoria de Ações Afirmativas (CAF), Centro de Processamento de Dados (CPD), Fórum de Graduação, Departamentos, Representação Docente, Representação Técnico-Administrativa e Representação Discente.

*Com informações do site da UFRGS